domingo, 24 de julho de 2011

Solidão e Inspiração

Olá.
Em todo esse curto tempo em que retornei, encontrei grande dificuldade em organizar os pensamentos, metas e emoções em minha mente. Me afastei do blog pois sentia dificuldade em encontrar algo que por mêses tive em abundância: inspiração. Existem certos momentos da vida em que simplesmente as coisas parecem ter menos sentido, tudo ao seu redor parece ter menos cor, os dias parecem menos luminosos e a inspiração parece não mais existir. Para mim inspiração não é apenas um artigo necessário aos processos artísticos e de criação como pintar e escrever, mas aquilo que me motiva a levantar da cama e sacudir o mundo, inspiração é poder inspirar os outros através de meu trabalho, meus atos, meu exemplo.
Hoje pensei então: Se não consigo encontrar a bendita "inspiração" para escrever, por que não me inspirar em meu próprio momento "desinspirado"? Vamos falar de um sentimento que todos, sem exceção, já presenciaram: Solidão.
Solidão não é um estado apenas de não-companhia, quem já não se sentiu sozinho em meio a multidão? Solidão é quando não conseguimos nos identificar com a multidão, com as pessoas ao redor, quando sentimos que não temos com quem contar para simplesmente nos sentirmos queridos. Na afirmação anterior uma palavra me chama muito a atenção: Identificar. Identificação é algo que os praticantes de Yoga e meditação estão constantemente tentando remover, não se identificar com o corpo, com a agitação da mente, com a nossa própria efêmera existência nesse mundo; ainda assim aqui me encontro querendo sim me identificar para não me sentir sozinho, irônicamente engraçado não é mesmo?
Por mais bem resolvidos e independente que sejamos, todos queremos nos sentir queridos, não há mal algum nisso, todos queremos sentir que não estamos sozinhos, mas nesse processo de tentar se sentir querido, parte, aceito, amado, o indivíduo frequentemente acaba perdendo sua individualidade, sua inspiração, sua luz. Estamos tão preocupados em nos identificarmos com alguma característica alheia pra nos sentirmos parte que esquecemos que já somos parte do Todo. Se compreendemos de coração o significado de "Namastê" compreendemos que nunca estamos separados, sozinhos, e que não precisamos de identificações externas para nos sentirmos queridos. Quantas pessoas deixam de amar a si próprias no processo de tentar amar ao outro?
Se você ama seu filho, sua mãe, seu amigo ou qualquer outro papel que você desempenha nesse mundo então tenha a certeza de que não há nada mais importante que amar e principalmente conhecer a si próprio. Olhe no espelho e enxergue você suas qualidades antes de esperar que os outros a vejam e então estará livre para ser o que quer que o mundo espera de ti. Autoconhecimento é aquilo que te traz pra dentro de si e possibilita entender que na verdade não somos tão diferentes, partes, sozinhos.
Parte da experiência de estarmos vivos nesse planeta é aceitar que nem sempre as coisas são como gostaríamos que fossem. Sentirmo-nos sozinhos é algo que inevitavelmente acontecerá vez ou outra e cabe a nós entendermos, através do autoconhecimento, a impermanência e beleza de tal momento que nos permite mergulhar fundo em quem somos. Lembre-se que verdadeira paz e alegria não podem ser encontradas em objetos externos, mas dentro de si mesmo, onde reside a inspiração, onde reside seu Ser.
Que haja paz e afeto em abundância.


Namastê,
Haribol.

domingo, 5 de junho de 2011

Reiniciando

Voltei. Nesse tempo em que aqui estou preferi me afastar para tentar absorver um pouco de tudo o que passou. Parece frescura mas desembarcar aqui após meses na Índia não é fácil de entender ou de encarar... Tudo me parece diferente apesar de eu saber que a maior diferença reside dentro de mim e não no exterior, ainda assim ele me parece estranho e confuso. Quais os rumos a tomar, quais as ações, qual o destino... prefiro nesse momento aplicar a lei do distanciamento e deixar que se desenrole sozinho, exercitando fé, entrega, ishwara pranidhana....
Saudade é um sentimento difícil de explicar, acho que é por isso que nem existe em outros idiomas. Penso que saudades surgem do nosso apego à coisas, pessoas, lugares... ao mesmo tempo penso que não posso ser tão duro e rigidamente iogue ao achar que existe algo errado em senti-la, melhor curtir e tirar o que ela pode oferecer e ensinar. Sinto saudades da Índia... assim como quando na Índia sentia saudades daqui.
Existe um sentimento que não consigo denominar, uma sensação que afeta os peregrinos e viajantes e creio que apenas quem já passou por isso possa comprender do que falo. É um sentimento estranho, misto de solidão, nostalgia e uma tristeza que não é triste. É uma melancolia de estar com o pé na estrada... sozinho, ansioso, livre... Quantas vezes senti isso não posso contar, mas nesse momento relembro até desse sentimento e sinto saudades dele.
Quantos apegos mais eu tenho? Quantos mais irei gerar? Honestamente não me importa... se tem algo que aprendi no outro lado do mundo é tudo que é rígido se rompe, portanto não sejamos radicais em nossas ações e escolhas. Abraço meus apegos e minha saudade esperando que sejam propulsores a seguir em frente, e algum dia de volta àquilo que faz meu coração bater mais forte.

A jornada agora vai ser talvez menos aventureira, mas certamente encantadora como a anterior. Sigo nela, sigo AQUI. Bem-vindos novamente.

Haribol,
Namaste.

domingo, 22 de maio de 2011

Partindo


Então parti de Navadwip em uma agradável viagem de trem comum que começou de madrugada. As ruas de Navadwip são ainda mais místicas nesse horário. Dessa vez pude passar 3 dias em Calcutá e pude enxergar um tanto mais de charme na cidade que a primeira vista é um pouco chocante devido ao caos e a sujeira; West Bengal até pouco tempo atrás era o único estado comunista e esse é um dos fatores que o fez ficar um pouco atrasado em relação à Índia que cresce vertiginosamente. Foram dias agradáveis na companhia de boas pessoas e tivemos a misericórdia da chuva que trouxe temperaturas mais amenas nessa cidade espantosamente quente no verão. Em Calcutá me despedi da vida no templo lembrando o quanto é importante estarmos em contato formal com esses locais (qualquer que seja sua fonte de inspiração) para que nosso sadhana seja sempre inspirado, mas que nossa devoção e fé sempre caminha conosco em nosso coração, independentemene de onde estejamos.
Voei rumo à charmosa Mumbai, que agora pela segunda vez me parece mais ainda familiar e acolhedora. Mumbai me lembra muito São Paulo, agitada, correta, contemporânea mas cheia de histórias e tradições a contar em cada canto e cada pessoa. Estar em Mumbai outra vez inevitavelmente faz-me refletir em como mudei nessa jornada afinal foi o primeiro lugar que cheguei, e agora o último. Na maior parte do tempo da minha viagem estive focado em meus objetivos e atividades em locais formais e sagrados, aqui na cidade outra vez desfruto da calma e tranquilidade de simplesmente poder ser comum mas sem ser ordinário. Percebo o quanto cobramos de nós mesmos e que dessa forma não nos permitimos momentos simples de conforto e alento... um "praticante de Yoga" deve estar centrado em seus princípios mas sem torná-los dogmas pois tudo que se torna extremamente inflexível se rompe. Descansei, passeei, fui turista, fui aventureiro, e me dei ao luxo de simplesmente estar descompromissado... apenas absorvendo Mumbai e seus encantos. Meus eternos agradecimentos à família Sheth que outra vez me acolheu aqui e me fez sentir parte desse local.
Agora vou-me embora... De volta ao Brasil, de volta a minha vida que não sei como vai ser, de volta à terra que não é minha mas que levo dentro de mim. a Índia também, todos os locais e momentos sagrados voltarão comigo e comigo estarão enquanto respirar...
Uma experiência de partir de nossa zona de conforto além de nos fortalecer nos força a entender que o melhor lugar para se estar não é aquele que sonhamos mas AQUI, e o momento mais importante é AGORA. Os lugares sagrados andarão comigo, e espero eu poder lembrar que eles estão aonde minha atenção estiver.
Adeus Índia, até nosso próximo reencontro, sentirei sua falta mas não lamentarei pois tenho a fé que você ajudou a fortalecer. Jay hind!


Shanti, Shanti, Shanti,
Haribol,
Namaste.

*não encontro meu cabo, portanto não postarei agora fotos dessa última parte da viagem.










terça-feira, 17 de maio de 2011

Despedindo-me de Navadwip

Agora encontro-me aqui, em pleno verão indiano, na cidadezinha de Navadwip. Por 1 mês aqui permaneci e agora me despeço com uma ponta de tristeza. Por 1 mês vivi uma vida de monge, morando, trabalhando e participando das atividades do templo, e tanta coisa aconteceu… tantos momentos a recordar, tantas coisas ainda a entender, acho que muitas coisas dessa experiência serão processadas apenas quando eu for embora e talvez tudo isso apareça em minha memória como um sonho longínquo que vivi no outro lado do mundo. A vida aqui é desafiante pelas suas peculiaridades e alegria e tristeza se alternam em nossa mente, mas não é assim também em qualquer outro lugar? Apesar de absolutamente tudo ser diferente observo o mesmo padrão de comportamento mas percebo também o quanto mudei nessa jornada e fico imaginando se quando voltar pra casa ao olhar em meu antigo espelho enxergarei a mesma pessoa… acho que não.
Outro dia andava pela rua rumo a uma loja que fica um tanto longe daqui. Era mais ou menos meio dia, o calor castigava incansavelmente como sempre, mas eu andava tranquilo. Em certo momento passa por mim uma típica carroça com seu respectivo motorista e um outro senhor sentado em cima de uma pilha de sacos de areia, o senhor acena pra mim e diz para eu subir e pegar uma carona mas minha mente desconfiada rejeita e segue. Outra vez eles me chamam e continuo a negar, até que na terceira vez eles me pedem por favor, como se minha presença fosse uma honra a eles e então indeciso subo na carroça. No caminho, o senhor saca um pano limpo que possuía e coloca em minha cabeça para me proteger do sol e em frente a tamanho gesto de afeto eu me emociono e me sinto um tolo por ser tão falho em enxergar algo tão simples e gentil… quantos traumas, desconfianças e julgamentos carregamos conosco? Após uma breve jornada salto no meu destino e me despeço de meus alegres benfeitores que genuinamente felizes me saúdam com talvez as únicas palavras em inglês que conhecem.
Certa vez também um moço me ofereceu uma banana da penca que acabara de comprar e rejeitei porque não tinha fome e sei o quão caras as frutas são para eles, e ele inconformado me perguntou: "Porque?" - Não tenho fome - "Então você coma depois". Simples assim. E assim é a Índia… as vezes ela te acaricia, as vezes te sacode até as raízes fazendo que seus frutos, tanto os bons quanto os ruins, caiam ao chão.
Que saudades vou ter dessa vida tranquila, dos animais no meio da rua, de odiar a gritaria dos bengalis, de ver as deidades todo dia, das criancinhas gritando quando me vêem "Haribol!!", de reclamar do calor, de banhar-me no Ganges ao fim de tarde… de simplesmente estar aqui, mesmo nos momentos em que não queria estar. Jaya Navadwip Dham, o local em que todas as ofensas são perdoadas.
Amanhã Calcutá, dessa vez um pouquinho mais.

Namaste,
Haribol.


Balsa para Mayapur


Da janela do meu quarto... me dão cada susto!


Futebol na beira do Ganges



Parikrama, sempre divertidos de se ver.


Arati das deidades


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ekachakra Dham

Após uma longa temporada sem acesso à internet retorno com alegria e novidades. Acabo de voltar de Ekachakra, um povoado minúsculo e remoto aqui em em West Bengal. Ekachakra, que nem pode ser chamado de cidade, é uma vila absolutamente rural e erma, cercada por lindos campos de arroz e famosa por ser o local de nascimento do Senhor Nityananda (para quem não conhece leia mais aqui) e portanto um importante local de peregrinação para devotos de Krishna.

  
No caminho

 Entrada da cidade




Saímos daqui de Navadwip em um grupo pequeno sendo eu, uma moça de Singapura, um garoto e uma devota da Venezuela. Mesmo de carro alugado as viagens aqui na Índia são sempre cansativas devido ao calor, às buzinas, às estradas ruins e o trânsito de pessoas, motos, bodes e vacas completamente presente aqui nos vilarejos. Ekachakra nos dá a sensação de voltar ao passado… rumo a uma Índia antiga e verdadeira que só vê quem se aventura em seu interior, chegamos ao lindo complexo recém inaugurado do Sri Chaitanya Saraswat Math e imediatamente começamos o árduo trabalho de limpar a Guest House para receber 165 devotos que viriam de Calcutá para se hospedar lá por 2 dias, afinal a viagem não era apenas turismo mas muito trabalho também.


Visão da janela do meu quarto pela manhã.


Math


Nat-mandir





Os dias em Ekachakra são calmos e agradáveis, ao redor apenas campos de arroz, à distância o vilarejo minúsculo, e por todo canto história e devoção. Além das belíssimas deidades do templo onde estávamos pudemos visitar diversos locais sagrados como a casa de nascimento do Senhor Nityananda, templos e muitos kundas (piscinas ou lagos sagrados). Por quase uma semana lá permanecemos e agora estou de volta a Navadwip, feliz por retornar ao Dhama Sagrado, banhando-me no Ganges ao entardecer de calor e refletindo em tudo que ficou e tudo que virá pois a jornada se aproxima do fim… estar na Índia é um furacão de emoções e sensações, tudo é intenso, tudo tem valor, que possa eu não me apegar a nada pois certamente voltarei. Saudades do que ficou e do que ficará.


Namastê,
Haribol.


Sri Gaura Nityananda




Parikrama


Árvore de morcegos



Kunda em que Krishna e Balarama foram embora desse mundo.



domingo, 24 de abril de 2011

Navadwip Dham

Parti de Lonavla rumo a Pune de trem comum, e a viagem foi até divertida. Pune é uma cidade bastante desinteressante, parece uma Mumbai com menos charme mas tão cara quanto. Após uma única noite na cidade voei pra Calcutá. Calcutá é um choque... primeiro o calor insuportável e úmido que faz lá, segundo a bagunça e sujeira... a impressão é que a cidade é completamente negligenciada, e provavelmente esse é o caso. Passei uma única noite no templo de lá e as 5 da manhã parti na companhia de 2 outros viajantes experientes rumo a Navadwip. A viagem foi pitoresca como se pode imaginar de qualquer viagem de ônibus na Índia - Calor, ônibus velho e lotado, muita buzina e tremedeira, mas pela janela paisagens lindas da Índia rural se descortinam por todos os lados. Horas depois chegamos ao nosso destino final: Navadwip Dham.
Perto das margens do Ganges numa região de ilhas encontra-se a grande sede do Sri Chaitanya Saraswat Math, que ao longe se vê pela bela guesthouse e o templo de 9 domos. Chegamos em meio à celebração da abertura do templo em homenagem a meu mestre falecido a 1 ano, e foi uma celebração linda de se ver e sentir. Sua imagem de mármore foi banhada em meio cântigos e muita emoção... um misto de saudade, alegria e tristeza pela falta que ele faz. Num dos dias mais quentes da minha vida me retirei até que o fim do dia nos presenteou com uma linda tempestade fora de época a lavar o calor e elevar o ânimo.
Os dias aqui são tranquilos, poucos se aventuram a vir pra cá no verão indiano que por enquanto está sendo gentil (ou eu que me acostumei). Tenho meu serviço diário em meio à programação do templo e uma boa oportunidade de tranquilidade e reflexão. Ao redor uma Índia antiga e rural que parece parada no tempo... aqui sim andar na rua de terra é dividir espaço com bodes, bois, gansos e macacos (enormes e espertos).
Um mês me aguarda e enquanto isso tento aqui fortalecer, crescer e seguir.

Namastê,
Hare Krsna.


 

Visão superior do Nat-mandir


Templo de Sadashiva



Govinda kunda


Distribuição de livros e comida.



Tulasi cercada de lótus.


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Fechando ciclo

Peço desculpas pelo longo jejum de postagens. As últimas semanas por aqui foram bem intensas de estudo, agora posso respirar aliviado com a sensação de dever cumprido. Muita coisa aconteceu, portanto vou ver se consigo colocar um pouquinho por aqui.
O curso foi bem pesado na parte teórica. Muitas aulas, muito estudo e trabalhos a serem escritos. Essa semana foi a semana de avaliações, começamos com a prova prática onde os professores avaliaram nossa prática e execução de ásanas, pranayamas e técnicas como uddiyana bandha, nauli e kapalabhati.

Avaliação de uddiyana bandha.



 Após uma longa e cansativa manhã cada aluno foi sorteado com um tema para sua apresentação teórica e o meu foi interpretação textual do Hatha Yoga, o que foi muito bom pois pude falar um pouquinho sobre os clássicos tal como Hathapradipika, Gheranda Samhita, e Yoga Sutra, mas trazendo sempre a minha interpretação devocional sobre Bhakti Yoga e porque não vejo conflito entre as duas práticas.
Estivemos também ativamente envolvidos nas técnicas de limpeza descritas no Hatha Yoga. Os chamados shatkriyas (ou shuddhikriyas/shatkarmas) são técnicas fabulosas que visam uma completa limpeza de todo o corpo. Estamos acostumados a escovar o dente e tomar banho, mas internamente muita sujeira e estagnação permanece. Estava bem acostumado com técnicas simples como nauli (massagem da cavidade abdominal/intestinos), jala neti (limpeza das fossas nasais com água) e vaman dhauti (limpeza do estômago com água e vômito induzido) mas fiquei animado feito criança no parque de diversões ao aprender sutra neti (limpeza do nariz com catéter de borracha), vastra dhauti (limpeza do estômago engolindo um longo pedaço de tecido) e finalmente o grandioso shankhaprakshalana que limpa todo o sistema digestivo e intestinos através de um longo processo de ingestão de água e ásanas para direcioná-la. Para nossa mente ocidental esses processos soam muito estranhos e horríveis, pude notar isso através da imensa quantidade de alunos que se negaram a tentar devido aos seus bloqueios mentais, mas posso assegurar que eles são maravilhosos e necessários pra uma correta manutenção no nosso templo corpóreo mas não devem ser praticados sem a instrução de um profissional no início.

 Eu no sutra/rubber neti enquanto Jo vai de Vaman no fundo rsrs.

Tenho me divertido muito por aqui andando de bicicleta. Pela manhã alugo uma na loja e tenho descoberto lugares maravilhosos em minhas aventuras solitárias. Algumas pessoas tem medo de enfrentar o trânsito indiano, mas estive em todos os cantos de Lonavla no meu humilde veículo e foi sempre encantador. Descobri o bonito parque municipal, lojinhas de todos os tipos (saboreando todos os tipos de doces incríveis), o untuoso complexo Sri Narayani Dham com seus impressionantes templos e opulentas deidades, e lindos lagos em meio as montanhas que acessamos por trilhas. Pude até dar um mergulho no grande lago cujas águas limpas dão um enorme alívio ao calor pesado que tem feito por aqui.


As ruazinhas de Lonavla. Tem algo charmoso nessa aparente confusão.

Visão do lago de cima da montanha




E o sol se põe mais uma vez


Um antigo templo de Durga

Entrada de Sri Narayani Dham

Pátio central

Templo

Altar das 3 deidades, Ganesha, Narayani e Sri Balaji



O pátio é cercado de vasos da sagrada Tulasi.


Cada pedacinho que visito e observo tem alguma coisa pra contar, já me sinto nostálgico de deixar esse lugar que agora já parece minha casa e minha rotina. Tanta riqueza e tanto encantamento nas pessoas, nas ruas, nos animais, na natureza e nos exuberantes espectáculos que o sol dá por aqui. Sábado vou pra Pune e domingo embarco rumo a minha nova jornada no estado de West Bengal.

Namaste,
Hare Krishna!