Cercada pelo mar se encontra Mumbai, a mais cosmopolita das cidades indianas. Acordei na cidade do Sonho Indiano (tal qual São Paulo, Mumbai recebe imigrantes de diversos estados, na esperança de ganhar uma vida mais digna que em sua terra natal) e fui caminhar por suas ruas empoeiradas, caoticas e fantásticas. Estou hospedado na casa da família Sheth, e a eles tenho muitíssimo a agradecer, pois sem seu suporte não estaria tendo uma adaptação tão tranquila a essa realidade tão distinta que é a Índia. Diz o ditado por aqui que "Guests are God" (hóspedes são Deus) e sou testemunha de que eles tentam cumprí-lo. Estou em Andheri West, um bairro ao norte da cidade, onde praticamente não se vê ocidentais, sou o único caminhando por aqui, e adoro essa situação.
Logo cedo encontrei um templo Jain (jainista) onde um simpático senhor insistiu que eu retirasse o sapato e entrasse para conhecer; o templo é extremamente belo interior e exteriormente, e fiquei impressionado com o quão similar é com os templos vaishnavas que já frequentei. O tempo todo pessoas entram e saem, oferecendo suas orações e girando parafernálias devocionais em frente a um amplo altar com deidades que a mim se assemelham a figuras de lendas budistas, e foi justamente a impressão de uma certa fusão entre budismo/hinduismo que tive do jainismo. Eles são estritamente vegetarianos, e tem como filosofia religiosa não matar nenhum animal mesmo que pareça insignificante. É tocante ver os monges e monjas jain que andam pelas ruam com varrendo o caminho em que passam para não pisarem em nenhum inseto que possa ali estar. Puro ahimsa.
Em companhia do meu colega indiano Harsh peguei uma balsa rumo ao maior pagoda da Ásia, ou do mundo: Um templo gigantesco em meio a uma ilha de mangue, que na verdade é um enorme salão dedicado a prática de meditação Vipássana.
Visitei o quarteirão da ISKCON (Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna) Mumbai, e fiquei obviamente com a boca aberta de ver tamanha opulência. Um altar gigantesco com 3 deidades situa-se dentro de uma pátio belamente decorado, e em frente a ele um fila de pessoas se forma continuamente esperando receber alguma prasada que o pujari distribui em frente ao altar. É muito tocante ver a fé e carinho que os indianos têm para com Krishna, mesmo a grande maioria não sendo vaishnava.
Sri Radharasabihari/Srila Prabhupada/Srila Bhaktisiddhanta Saraswati Thakur
Foto do site, pois máquinas não são permitidas
Após um jantar multicultural ao puro estilo indiano, acordei com a barriga girando de tanta pimenta que comi no restaurante "chinês" em que a comida é mais indiana que qualquer outra coisa. Recuperado após algumas Saudações ao Sol parto rumo aos mais famosos templos de Mumbai: Sri Siddhivinayak (templo do senhor Ganesha) e Mahalakshmi (deusa da fortuna). No mais puro estilo aventureiro peguei irnformações com a família e agarrei um ônibus local. Altamente treme-treme, me diverti com o estilo indiano de viajar: Assim como nos trens, não há porta nos ônibus e quando as pessoas querem descer elas ou puxam a cordinha do sininho ou simplesmente saltam pra fora com o ônibus ainda em meio movimento (nem preciso dizer que a segunda opção é a mais utilizada).
Sempre coloridos e acabados! Ainda bem que eu sei ler devanágari pois os números são hindi.
Chacoalhando no busão (o tiozinho tava com sono igual eu dentro de ônibus)
Visão da janela do ônibus: Diversão na praia ao fim da tarde.
Na janela: Cruz de igreja cristã, adornada com guirlanda tipicamente hindu, sincretismo ao estilo indiano.
Cheguei a Siddhavinayak após um enorme citytour ao estilo roots, e em 5 minutos fui embora, expulso pelos guardas que não permitem a entrada de máquina fotográfica (nem na mochila...).
Sri Siddhavinayak, gigantesco.
Desisti de Mahalakshmi pois provavelmente teria o mesmo tratamento, e peguei o busão de volta a Andheri apreciando a pitoresca paisagem das ruas e da vida indiana, em meio ás mansões dos astros de Bollywood e às favelas dos humildes.
Amanhã vou pra Lonavla, e começo meu aguardado curso de Yoga. Sentirei saudades da Incredible Mumbai.
Logo cedo encontrei um templo Jain (jainista) onde um simpático senhor insistiu que eu retirasse o sapato e entrasse para conhecer; o templo é extremamente belo interior e exteriormente, e fiquei impressionado com o quão similar é com os templos vaishnavas que já frequentei. O tempo todo pessoas entram e saem, oferecendo suas orações e girando parafernálias devocionais em frente a um amplo altar com deidades que a mim se assemelham a figuras de lendas budistas, e foi justamente a impressão de uma certa fusão entre budismo/hinduismo que tive do jainismo. Eles são estritamente vegetarianos, e tem como filosofia religiosa não matar nenhum animal mesmo que pareça insignificante. É tocante ver os monges e monjas jain que andam pelas ruam com varrendo o caminho em que passam para não pisarem em nenhum inseto que possa ali estar. Puro ahimsa.
Templo Jain
Em companhia do meu colega indiano Harsh peguei uma balsa rumo ao maior pagoda da Ásia, ou do mundo: Um templo gigantesco em meio a uma ilha de mangue, que na verdade é um enorme salão dedicado a prática de meditação Vipássana.
Visitei o quarteirão da ISKCON (Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna) Mumbai, e fiquei obviamente com a boca aberta de ver tamanha opulência. Um altar gigantesco com 3 deidades situa-se dentro de uma pátio belamente decorado, e em frente a ele um fila de pessoas se forma continuamente esperando receber alguma prasada que o pujari distribui em frente ao altar. É muito tocante ver a fé e carinho que os indianos têm para com Krishna, mesmo a grande maioria não sendo vaishnava.
Sri Radharasabihari/Srila Prabhupada/Srila Bhaktisiddhanta Saraswati Thakur
Foto do site, pois máquinas não são permitidas
Após um jantar multicultural ao puro estilo indiano, acordei com a barriga girando de tanta pimenta que comi no restaurante "chinês" em que a comida é mais indiana que qualquer outra coisa. Recuperado após algumas Saudações ao Sol parto rumo aos mais famosos templos de Mumbai: Sri Siddhivinayak (templo do senhor Ganesha) e Mahalakshmi (deusa da fortuna). No mais puro estilo aventureiro peguei irnformações com a família e agarrei um ônibus local. Altamente treme-treme, me diverti com o estilo indiano de viajar: Assim como nos trens, não há porta nos ônibus e quando as pessoas querem descer elas ou puxam a cordinha do sininho ou simplesmente saltam pra fora com o ônibus ainda em meio movimento (nem preciso dizer que a segunda opção é a mais utilizada).
Sempre coloridos e acabados! Ainda bem que eu sei ler devanágari pois os números são hindi.
Chacoalhando no busão (o tiozinho tava com sono igual eu dentro de ônibus)
Visão da janela do ônibus: Diversão na praia ao fim da tarde.
Na janela: Cruz de igreja cristã, adornada com guirlanda tipicamente hindu, sincretismo ao estilo indiano.
Cheguei a Siddhavinayak após um enorme citytour ao estilo roots, e em 5 minutos fui embora, expulso pelos guardas que não permitem a entrada de máquina fotográfica (nem na mochila...).
Sri Siddhavinayak, gigantesco.
Desisti de Mahalakshmi pois provavelmente teria o mesmo tratamento, e peguei o busão de volta a Andheri apreciando a pitoresca paisagem das ruas e da vida indiana, em meio ás mansões dos astros de Bollywood e às favelas dos humildes.
Amanhã vou pra Lonavla, e começo meu aguardado curso de Yoga. Sentirei saudades da Incredible Mumbai.
Será possível dar um pulo em Tiger's Leap?
ResponderExcluirAbraço
Zen